Um homem em Nova York, junto com sua empresa, foi condenado por um esquema de pirâmide e vai ter que pagar mais de US$ 228 milhões, ou cerca de R$ 1,25 bilhão, por roubar dinheiro de clientes. Esses clientes tinham sido incentivados a investir, incluindo em criptomoedas. O dinheiro, segundo as denúncias, foi usado para comprar carros de luxo e outras extravagâncias.
Na terça-feira (19), a juíza Valerie Caproni aceitou um pedido de julgamento sumário da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC). Essa modalidade de julgamento é mais rápida e menos burocrática, o que acelerou o processo.
Em 2022, a CFTC havia acusado Eddy Alexandre e sua empresa, a EminiFX, de pedir US$ 59 milhões (aproximadamente R$ 322 milhões) a centenas de pessoas para operar no mercado de forex e criptomoedas. O problema é que a EminiFX nunca foi registrada na CFTC, o que a tornava ilegal. A juíza deixou claro que Alexandre e a empresa são responsible pelo pagamento total de US$ 228.576.962, além de um valor individual de US$ 15.049.500 que Alexandre deve pagar especificamente.
A CFTC afirmou que Alexandre desviou grandes quantias do dinheiro dos investidores. Ele usou esses fundos para pagar luxos como carros da BMW e Mercedes-Benz, além de gastar em lojas de grife e até em viagens, hotéis e tratamentos de saúde. Essas informações vieram à tona quando a agência envolvida começou a investigar as movimentações de dinheiro da EminiFX.
Alexandre acabou enfrentando problemas com a Justiça e se declarou culpado. Ele foi condenado a nove anos de prisão. O procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York confirmou essa informação.
A EminiFX foi criada em 2021 e rapidamente atraiu mais de 25.000 investidores, levantando cerca de US$ 262 milhões em apenas oito meses. A promessa da empresa era de retornos semanais que variavam de 5% a quase 10%, por meio de uma “Conta Assistida por Robô-Consultor” que supostamente utilizava estratégias automatizadas para operar nos mercados de criptomoedas e forex.
Contudo, as investigações mostraram que a empresa teve prejuízos de pelo menos US$ 49 milhões e nunca conseguiu implementar a tecnologia que prometia. Além disso, Alexandre foi acusado de ter desviado pelo menos US$ 15 milhões para seus próprios fins.
